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sábado, 15 de novembro de 2014

Maioria de assassinatos em Sergipe envolve jovens, diz ministério.


 

O Ministério da Justiça divulgou dados que apontam Sergipe como o quarto estado com maior número de homicídios em todo o país. Na maioria dos casos, jovens estão envolvidos, o que preocupa ainda mais.
Dentre as ocorrências, o caso do jovem Elvis é mais um nas estatísticas. O jovem de 23 anos foi vítima de latrocínio, roubo seguido de morte. “Perder um filho e dá maneira que foi, na flor da idade, é muito triste e sentido. Sei o que estou passando, já passaram mais de três meses e a ferida ainda está aberta em meu coração”, revela o pai Jorge Cavalcanti.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), de janeiro a setembro de 2014, foram registrados 714 homicídios. Desses, 186 perderam a vida em Aracaju. Considerando em números populacionais, o estado apresenta 40 registros para cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Justiça e ocupa o 4º lugar no ranking brasileiro.
Outro fator que alarma ainda mais a situação é o envolvimento de jovens. “Entre 15 e 25 anos de idade, a gente tem observado dentro dos processos analisados que, os jovens são vitimas ou autores desses homicídios. No caso dos adolescentes, eles não são processados perante o Tribunal do Juri. No entanto, aqueles que intermediam esses jovens, são processados”, diz o promotor de justiça Deijaniro Jonas.
De acordo com a Fundação Renascer, dos 347 internos no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), 12% entraram por conta de homicídios cometidos.
“O fácil acesso às armas de fogo fazem com que os conflitos que poderiam ser facilmente resolvidos, até utilizando outra forma de violência, a exemplo da física, hoje, são resolvidos prioritariamente com o uso das armas de fogo. Soma-se a isso a incidência cada vez maior tanto do acesso quanto ao comércio de entorpecentes ”, afirma o promotor de justiça Rogério Ferreira.
Enquanto espera por justiça, o pai de Elvis guarda a lembrança do filho na pele, em forma de tatuagem, um amor que é inesquecível. “A saudade é amenizada um pouco, mas não vê uma punição rígida nos deixa mais triste ainda”, finaliza Jorge Cavalcanti.

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