A coligação “Agora é o povo”, liderada pelo governador
Jackson Barreto (PMDB) que disputa a reeleição, entrou com representação contra
a TV-Sergipe, junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em razão da
entrevista concedida por JB na terça-feira (19) ao jornalista Ricardo Marques,
durante o noticiário local do SE-Notícias, 2ª Edição.
A notícia se espalhou na noite deste sábado (23), mas sem
dados concretos para a entrada da representação. Até mesmo diretores da
TV-Sergipe não haviam recebido a informação sobre o processo. Em conversa com o
Faxaju Online, um dos integrantes da
coordenação de campanha informou que a representação fora apenas preventiva, em
razão da contundência das perguntas, consideradas ofensivas ao candidato.
Segundo a mesma fonte, o fato de um dos membros da família
que administra a televisão ser candidato a suplente de senador pela coligação
“Agora Somos Nós”, liderada pelo candidato Eduardo Amorim (PSC), as perguntas
duras feitas ao candidato Jackson Barreto teria o objetivo de expô-lo e
desqualificá-lo publicamente.
As perguntas feitas por Ricardo Marques provocaram reação de
aliados do governador Jackson Barreto, tanto nas redes sociais quanto em
segmentos da imprensa, indignados com a “inconveniência das perguntas
tendenciosas”.
O processo contra a TV-Sergipe foi decidido pelos advogados
da coligação e foi protocolado na quarta-feira (20), pela manhã. Entretanto, o
entrevistado da noite do mesmo dia em que se iniciou o processo era o senador
Eduardo Amorim, candidato a governador pelo PSC.
Para surpresa dos aliados do governador Jackson Barreto, o
jornalista Ricardo Marques não mudou o tom das perguntas e também foi ríspido
com Eduardo, líder da coligação em que um dos diretores da emissora de TV
integra a chapa majoritária. No dia seguinte, todos que acusaram a TV-Sergipe e
Ricardo Marques pediram desculpas e consideraram que não houve de um ou de
outro candidato.
O integrante da coordenação de campanha de JB, ainda em
contato com o Faxaju Online, disse
depois da entrevista do candidato de oposição, a representação não deve
prosperar, pelo tratamento que foi dado aos dois candidatos nas entrevistas:
“foi uma ação preventiva”, disse e lembrou que “o governador Jackson Barreto
defende a liberdade de expressão e uma imprensa livre. Ele não aprova ações
contra órgãos de comunicação”, concluiu.
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