Por telefone, o ex-prefeito Manuel Messias Sukita (PSB)
disse, na noite desta terça-feira (02) que vai recorrer da decisão do TRE que
aprovou, por 7 a 0, a retratação do requerimento em que renuncia à sua
candidatura a deputado estadual.
Através do seu advogado, Emanuel Cacho, o ex-prefeito de
Capela dará entrada ao TSE ao pedido de revogação da decisão da Corte em
Sergipe. Ele anunciou que mantém sua candidatura e não sustará a campanha.
- Fiquei muito triste ao tomar conhecimento da notícia,
disse.
Ao fazer suas declarações, Sukita informou que se encontrava
em Cumbe fazendo caminhada e negou que tivesse assinado qualquer documento em
que renunciava à sua candidatura e acrescentou que não “reconhecia a
assinatura”.
- Eu estava preso dia 09 de agosto, sem receber visitas,
como assinei algum documento se em nenhuma hora estive com alguém? Sustenta
Sukita acrescentando “que mais uma vez há uma tentativa de prejudicar a minha carreira
política”.
- Qualquer documento entregue ao TRE é fraude, porque eu
estava preso, disse.
O ex-prefeito de Capela disse que tem certeza de que o TSE
não manterá a suspensão da candidatura: “acredito na Justiça e confia que a
decisão final será tomada dentro do tempo hábil, para que consiga o mandato na
Assembléia Estadual.
Cacho – O
advogado Emanuel Cacho, que faz a defesa de Manuel Messias Sukita, confirma que
o documento da renúncia tem fraude, que “agora tem que ser jogada no
ventilador”. Diz que há falso testemunho das duas testemunhas que assinaram o
documento: “isso é fato”.
- O documento foi pós-datado, o que é outra fraude! Disse
Cacho e acrescenta: “ele estava preso e não poderia tal documento. As
testemunhas de que ele não assinou são os próprios policiais federais e civis.
Segundo o advogado, o que fizeram com Sukita vai aumentar a “comoção
social” e admite que tem até 90% de chance de ganhar no TSE. Cacho insiste que
houveram “algumas fraudes fáceis de provar no inquérito policial”.
- Sukita pode ter assinado em branco, mas tenho dúvidas, as
assinaturas não batem, disse.
Para Cacho, a decisão do PSB foi provocada por uma prisão
ilegal, com abuso de autoridade do relator do TRF5: “a ilegalidade foi
reconhecida pelo STJ na liminar de determinou a soltura de Sukita”.
- Se tudo isso for confirmado – diz Emanuel Cacho – estaremos
diante de uma das maiores injustiças praticadas contra um cidadão e político.
Gravação – A assessoria do Partido Socialista Brasileiro
(PSB) em Sergipe comunicou ao Faxaju
Online, que tem uma gravação do advogado Emanuel Cacho em que ele declara
que não havia questionamento à assinatura.
Lembra que no pedido de reconsideração, o advogado só tratou
da mudança de vontade: “agora é a assinatura?”
Segundo ainda a assessoria, as declarações do advogado
Emanuel Cacho eram de que se tratou de uma decisão colegiada dentro do PSB e
que não fora a vontade pessoal de ninguém. Segundo informação da assessoria, as
entrevistas foram dadas aos radialistas George Magalhães e Alex Carvalho.