No início da noite deste domingo (13), o ex-prefeito de Capela Manoel
Messias, o Sukita, foi solto após uma decisão da 9ª Vara Federal de
Sergipe. Ele foi preso no dia 03 de junho durante a Operação Policial
POP por suspeita de lavagem de dinheiro. A operação também prendeu a
esposa e a irmã de Sukita, além de um secretário do município durante
sua gestão.
A liberdade foi anunciada pelo advogado Emanuel Caccho que confirmou
ainda que o ex-secretário municipal de Capela, José Edivaldo dos Santos,
também foi solto e que eles vão acompanhar o processo em liberdade.
De acordo com o advogado um habeas corpus iria ser julgado na próxima
quinta-feira, mas o juiz acabou decidindo pela liberdade da dupla antes.
" Já havia uma sinalização de que isso poderia acontecer e acabou se
concretizando hoje".
Sobre o cliente Caccho resumiu: " ele já está em casa com a família em
Aracaju e não deve falar com a imprensa por orientação minha".
A ex-primeira dama e secretária municipal de Capela, Silvany Yanina
Mamlak, e a irmã do prefeito a empresária, Clara Miranir Santos, que
também haviam sido presas na operação foram liberadas após um habeas
corpus no dia 26 de junho.
Em uma rede social após sua chegada em casa o ex-prefeito de Capela
declarou através de uma rede social: " Voltei a sorrir, já estou em casa
sendo recebido pelas minhas filhas e enteada".
No dia 12 de junho a
justiça estadual já havia concedido uma liminar que revogava a prisão do ex-prefeito de Capela e do ex-secretário de Finanças.
Entenda o caso
O ex-prefeito do município de Capela, Manoel Messias Santos, conhecido
por Sukita, foi preso no apartamento dele, em Aracaju, no início da
manhã da terça-feira (3), na relização da Operação Policial POP que
também ocorreu simultaneamente no município. Ele é suspeito de lavagem
de dinheiro. A operação também prendeu a esposa e a irmã de Sukita, além
de um secretário do município durante sua gestão.
O delegado Roberto Laureano Cury explicou como eram realizadas as
transações. “A quadrilha movimentava o valor entre diversas contas da
prefeitura que envolviam recursos federais, estaduais e próprios. Esses
valores eram sacados em dinheiro em grande quantidade e de forma
sistemática e alguns desses valores supostamente, ou aparentemente, iam
para as contas desses investigados e eram usados na aquisição de
patrimônios para eles”, afirmou.
A Polícia Federal investiga os crimes de lavagem de dinheiro, Lei nº
9.613/89, e de responsabilidade por parte do ex-prefeito, Decreto Lei nº
201/67. Já na Polícia Civil, tramitam três inquéritos policiais para
investigar crimes de responsabilidade supostamente praticados por Manoel
Messias Sukita Santos durante sua gestão em Capela, condutas descritas
no Decreto Lei nº 201/67.
Também existem procedimentos nos Ministérios Públicos Federal e
Estadual para apurar atos de improbidade administrativa por parte de
Manoel Sukita, ao longo de seus mandatos de prefeito.
Segundo levantamentos realizados pela Controladoria Geral da União
(CGU), constam diversos indícios de irregularidades na aplicação e
prestação de contas de recursos federais, por parte do ex-gestor, em
convênios firmados junto a vários Ministérios referentes a compra de
ônibus, saneamento, transporte rural, alimentação escolar, entre outros.